Sobre a função do “signo natural” na lógica ockhamiana
Resumen
A teoria dos signos presente na lógica de Guilherme de Ockham está inserida em suas considerações sobre o conhecimento. Uma parte de seu desenvolvimento consiste na defesa de que os termos mentais, os falados e os escritos podem corresponder à realidade na medida em que, dentro de uma proposição, significam algo existente. Entretanto, existe uma distinção entre o tipo de significação, quando ela diz respeito aos termos mentais, e quando diz respeito aos termos falados e escritos. Ambos não podem ser ditos signos das coisas da mesma maneira. A distinção consiste exatamente numa constatação epistemológica acerca da produção de tais termos: a linguagem mental é produzida naturalmente, enquanto que a linguagem falada e escrita é “instituída”, ou seja, convencional. É preciso, portanto, compreender de que maneira a “epistemologia” de Ockham oferece elementos para sustentar essa última afirmação.