O primor dialético no Sofista: uma análise da diairesis
DOI:
https://doi.org/10.37038/ec.v7i1.324Resumen
No diálogo Sofista, Platão, por meio do Estrangeiro de Eleia, estabelece como procedimento essencial para a busca do conhecimento o Método de Divisões (diairesis). Devido às particularidades do procedimento – multiplicidade de definições de um mesmo objeto –, há muitas críticas sobre a suficiência e validade do método. Algumas questões podem ficar em aberto como, por exemplo: por que tantas divisões? Uma divisão é mais importante, mais completa do que outra? As várias definições do sofista indicam uma errância do Estrangeiro? Do ponto de vista metodológico, em que elas se diferenciam? E, além disso, em que esse método se distingue do apresentado no Fedro, e em outros diálogos de maturidade? Ao longo do texto, apresentaremos algumas considerações em defesa da diairesis como método dialético e necessário para o bom desenvolvimento tanto do diálogo quanto da busca pelo conhecimento. Para isso, precisamos analisar as divisões e as definições apresentadas pelo próprio Platão, em busca de apresentar a diairesis como representante da dialética, e traçamos algumas considerações acerca da defesa deste método como um método válido e suficiente (dialeticamente).