A evolução formal da grande épica e o processo de esclarecimento: paradoxo crítico entre Lukács e Adorno e Horkheimer

Autores

  • Elvis Paulo Couto Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Resumo

A escolha do objeto estético como ponto de partida para a interpretação de fenômenos de natureza social, bem como a concepção de forma literária e contexto histórico como constituintes de um amálgama, resultam em um filão de pensamento bastante profícuo. Pensando nisso, este artigo objetiva contrastar duas teorias críticas distintas acerca da evolução do gênero épico. De um lado, Lukács, em A Teoria do Romance, interpreta o desenvolvimento da sociedade capitalista a partir do processo de aburguesamento da epopeia, de transformação desta em romance. De outro lado, Adorno e Horkheimer, em Dialética do Esclarecimento, afirmam que a gênese do espírito burguês e esclarecido já se encontra na Odisseia, de Homero.

Biografia do Autor

Elvis Paulo Couto, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Graduando de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Araraquara e bolsista de iniciação científica da FAPESP.

Referências

ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

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Publicado

2016-12-21

Edição

Seção

Artigos