Entre o concreto e o abstrato: em defesa de um método na obra filosófica de J.-J. Rousseau

Autores

  • Marcelo Ferreira Junior Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.37038/ec.v7i1.268

Resumo

O presente artigo tem por objetivo tecer considerações sobre questões de métodos de in­vestigação do conhecimento humano, apresentadas nas reflexões filosóficas de Jean-Jacques Rous­seau, tanto em textos de cunho antropológico quanto do ponto de vista moral e político. Segundo o autor, haveria uma insuficiência metodológica em qualquer tentativa de conceber a natureza humana ao se refletir apenas sobre os fatos que visam o homem tal como ele aparenta ser na sociedade. Dessa constatação far-se-ia forçoso reconhecer que a natureza humana não pode ser conhecida apenas através de observação e de experiência, mas que se deve apreendê-la também, complementarmente, através de uma “experiência do pensamento”. Assim sendo, estaria justifica­da a pretensão de imaginar um estado de natureza originário e sua razão de ser enquanto método de investigação.

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Publicado

2021-02-01

Edição

Seção

Artigos