A MORTE DOS OUTROS DE HEIDEGGER E A MORTE NA HISTORIOGRAFIA: APROXIMAÇÕES E DISTÂNCIAS

Autores

  • Mariana Alvares Universidade Estadual de Santa Cruz

Resumo

Em A memória, a história, o esquecimento (2000) Ricoeur problematiza, no primeiro capítulo da terceira parte, o ser-para-a-morte heideggeriano e as possibilidades de diálogo entre a filosofia e a história. Ricoeur expõe o tratamento da morte na historiografia, entendendo-o como o equivalente escriturário do rito social do sepultamento. O ato de sepultar seria transformado em discurso na historiografia. A partir desse discurso, os mortos permanecem junto aos vivos, enquanto ausentes que se fazem presentes na escrita. A historiografia trataria os mortos como entes não simplesmente dados que não mais estão presentes. O presente trabalho visa expor a abordagem de Ricoeur sobre o sepultamento dos mortos na historiografia, levando em conta as observações de Heidegger sobre a morte dos outros em Ser e Tempo (1927).

 

Palavras-chaves: morte, historiografia, ser-com.

Biografia do Autor

Mariana Alvares, Universidade Estadual de Santa Cruz

Cursa licenciatura em filosofia na Universidade Estadual de Santa Cruz, tendo sido bolsista do PIBID entre os anos de 2017 e 2018. Ingressou, no ano de 2018, em um projeto de iniciação científica cujo título é "A historicidade na fenomenologia e na hermenêutica". Participa de grupo de estudo dedicado ao pensamento de Heidegger. Principais interesses são: ontologia fundamental, pensamento do ser, a questão do nada.

Referências

HEIDEGGER, Martin. Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: mundo, finitude, solidão. Trad. Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

__________________. Ser e Tempo. Trad.: Fausto Castilho. Campinas, SP: Editora da UNICAMP; Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Trad.: Alain François [et al]. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2007.

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Publicado

2020-01-19

Edição

Seção

Artigos