Do manutenível à simbiose de perímetros

Autores

  • Rainer Miranda Brito Universidade Federal de São Carlos

Resumo

Quando se chocam objeto e sujeito consegue este contato de superfícies dissolver, mesmo quando em rigidez aparente, a solidez corpuscular de ambos? Os estímulos impressos em um procedimento delineado pelo objeto e por vezes conduzidos pelo sujeito não necessariamente solidarizar-se-ão à denúncia de um ponto originário deste confuso encontro. A atividade entre a Viola e seu ofício de manutenção e/ou manipulação por um técnico e/ou instrumentista explicita o constrangimento de uma cadeia lógica causal precariamente presente nos exercícios sofridos pelo objeto e desempenhados pelo sujeito; torna-se esse até então radical dualismo em apenas uma estratégia descritiva para reposicionar o inquérito: há nesta matéria em obra, nestes irredutíveis materiais outra perspectiva da relação sujeito-objeto que não discursivas conexões alegóricas? O materialismo radical de Gilbert Simondon e sua peculiar contribuição técnica implicam sobre a Viola aqui um sintoma de postulado outro: o do processo técnico.

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Publicado

2015-03-30