A Filosofia por trás da piada: argumentos lógicos e linguísticos que fundamentam o que nos faz rir dela

Autores

  • Euclides Barbosa Souza Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar como e por qual razão as piadas entram no grupo dos proferimentos considerados “engraçados”, isto é, daqueles que são capazes de nos fazer rir, independentemente de como esse riso se manifeste. Para tal façanha, é necessário recorrer ao estudo do humor em geral, mas não no que diz respeito à condição humana que comumente denominamos de “estado de humor”, que mais se refere a um estudo psicológico, e sim no que concerne à capacidade humorística e cômica do ser humano, tratando-se, portanto, de uma investigação filosófica acerca da natureza essencial que nos motiva a criar, falar ou ouvir uma piada. Apenas após analisarmos três teorias principais acerca do humor tratado nesse sentido e chegar a um denominador comum entre elas é que será possível identificar a essência prática da piada e demonstrar sua forma a partir de aspectos lógico-linguísticos. Um ponto importante dessa abordagem enfatiza que o aspecto subjetivo das partes envolvidas nesse processo humorístico é relevante apenas quando se foca no conteúdo proposicional do enunciado, o que não compete à análise atual, cuja única preocupação reside apenas em expor a composição geral e abstrata da piada.

Biografia do Autor

Euclides Barbosa Souza, Universidade Federal de Pernambuco

Interessado em Filosofia da Linguagem.

Referências

DESCARTES, René. Meditações; Objeções e respostas; As paixões da alma; Cartas/ René Descartes. Introdução de Gilles-Gaston Granger; Prefácio e notas de Girard Lebrun; Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. (Os pensadores). 3. ed. – São Paulo: Abril Cultural, 1983.

FREUD, Sigmund. Os Chistes e Sua Relação com o Inconsciente. Tradução de José Luiz Meurer. Volume VIII. Imago, Rio de Janeiro, 1905.

HOBBES, Thomas. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. (Os pensadores). 3. ed. – São Paulo: Abril Cultural, 1983.

KANT, Immanuel. Critique Of Judgement. Tradução para o inglês de Werner S. Pluhar. Hackett Publishing Company. Prussia, 1790.

LEVINSON, Stephen C; Pragmática; Tradução de Aníbal Mari e Luiz Carlos Borges. – 1. ed. – São Paulo: Martins Fontes - WMF, 2007.

MORREAL, John. "Philosophy of Humor", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter2016 Edition), Edward N. Zalta (ed.). Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/humor/

ROZIN, Paul. Rozin, A., Appel, B., & Wachtel, C. (2006). Documenting and explaining the common AAB pattern in music and humor: Establishing and breaking expectations. Emotion, 6(3), 349-355. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1037/1528-3542.6.3.349

Downloads

Publicado

2020-01-19

Edição

Seção

Artigos