Os bacchoi órficos

Autores

  • Giovanna Braz Universidade Federal de São Carlos

Resumo

Transposição é o nome dado pelos estudiosos a adaptação que Platão faz de doutrinas que não são suas ao seu próprio pensamento, interferindo tanto na interpretação dos elementos que utiliza como também os modificando. No Fédon, a transposição do êxtase (baccheia) órfico à noção platônica de filosofia marca, em 69c-d, a identidade entre a figura dos verdadeiros filósofos (alethos philosophoi) e dos bacantes (bacchoi) órficos: “como dizem os entendidos nos mistérios, ‘muitos são os portadores de tirso, mas poucos os bacchoi’. Ora, estes últimos, quer-me parecer que não são outros senão os que se consagraram, no verdadeiro sentido da palavra, à filosofia”. Tendo em vista a compreensão dessa transposição, este artigo tem como objetivo apresentar o Orfismo, dando destaque às noções de bacchos e baccheia e sua distinção entre órficos e dionisíacos.

Biografia do Autor

Giovanna Braz, Universidade Federal de São Carlos

Graduanda em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, São Carlos, SP, Brasil.

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Publicado

2017-12-18

Edição

Seção

Artigos