A sensação como um tipo de alteração

Autores

  • Felipe Calleres Universidade Federal de São Carlos

Resumo

O texto examina a teoria da sensação de Aristóteles, em especial, a explicação da sensação como um tipo de alteração, com o objetivo de mostrar qual seria esse tipo de alteração. Segundo a interpretação de Myles Burnyeat, a sensação seria análoga à atividade intelectiva, e, desse modo, ela não seria nenhum tipo de alteração. Nessa perspectiva a sensação seria compreendida como “um progresso em direção de sua enteléquia, isto é, de sua natureza” (De anima, II, 5, 417b 6-7). O texto expõe uma posição contrária a essa interpretação e procura justificá-la. Essa posição, defendida por Marco Zingano, propõe que a sensação não pode ser definida através de uma analogia com o conhecimento, pois ambos, sensação e conhecimento, não são equivalentes em seu modo de apreensão. Assim, a sensação deve ser compreendida como um tipo de alteração: a “conservação do ser em potência pelo ser em ato” (De anima, II, 5, 417b 3-4).

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Publicado

2015-03-30